Não gosto da bagunça que presencio nos cultos de adoração a Deus nos templos pentecostais. Na verdade, fico tristemente angustiada por ver que os cristãos não tem compreensão do texto auto esclarecedor do apóstolo em sua primeira carta aos coríntios (14:26-40), o qual trata da ordem no culto.
Há séculos, o apóstolo Paulo dissera a esses irmãos que deviam ter ordem e decência no culto, pois a falta dessas virtudes trariam escândalos aos que não compreendem a graça divina, todavia, até hoje alguns crentes insistem em confundir barulho com poder de Deus.
Agem em êxtase como se o grito e o chamado “retetê“ fossem renovar a fé e proporcionar-lhes alegria espiritual. Fico extremamente perplexa em observar quantos cristãos fecham os olhos a este texto claro e enfático do apóstolo aos gentios, para sentirem-se autorizados a “extraviar suas emoções” em nome do poder divino.
Não sou cética quanto ao batismo e o falar em línguas, antes, creio que o Espírito ainda atua tal qual no Pentecostes, porém não devemos usá-lo, nem passar por cima de suas instruções de que “o espírito é sujeito ao profeta” e que “se não houver intérprete fale consigo mesmo e com Deus” – (1 Co 14:28,32).
Por causa dessa falta de ordem nos cultos cheguei a ficar envergonhada de levar visitantes indoutos a minha igreja, de tal maneira que pensei em deixar esta fé pentecostal, livrando-me assim dos excessos, e unindo-me a omissão.
Então, um dia abri meu coração a Deus e expus-lhe minha agonia. Sabia que isso estava errado! Lancei minha ansiedade aos pés do Todo-Poderoso e contei-lhe o quanto foi difícil ouvir a mensagem bíblica proferida pelo pregador, engolida pelas vozes e sapateados naquele culto “fervoroso”.
E na conversa com Deus, me liberei em confissões e súplicas sobre esse mal entendido dos crentes hodiernos, e confessei-lhe minha decisão em sair daquele grupo “pentecostal”, mas ao lembrar-me de sua Palavra na qual Ele revela que seu povo foi destruído por falta de conhecimento, mudei meus pensamentos de me recolher dentro da minha razão e escolhi seguir em frente repetindo as palavras paulinas aos ouvidos atentos: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” e “Faça-se tudo com decência e ordem”.(I Coríntios 14, 37, 40).
E, assim, aliviada por não fugir ao meu dever de mensageira, poderei dormir recitando em minha mente as palavras do apóstolo João: “Quem tem ouvido para ouvir, ouça!”
Leila Castanha
2013
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