sábado, 20 de abril de 2013

O NOME MAMÃE

Minha mãe querida e meiga  que em muitas poesias sempre retratada és
Por adjetivos  belos, tão profundos e singelos que me jogam aos teus pés
Em ato de gratidão, como servo à senhora, porquanto rainha sois
Ontem, hoje e amanhã, coração e minha alma já conquistastes os dois

Não quero falar-te agora  como forma ensaiada para homenageá-la
Minha fala, mamãezinha, surge de dentro do peito que aprendeu a amá-la.
Pelos pensamentos vários que trouxe daquele tempo em que de mim tu cuidastes
Gerou em meu coração um amor tão puro e grande que jamais imaginastes

Nunca negues a verdade deste amor tão imenso que minha alma  inflama
É ele, pois, mamãezinha, que no peito a saudade mantém viva esta  chama
Ao lembrar-me de teu rosto, em teus gestos dedicados a cuidar do nosso lar
 Me reporto todo dia, quando o dever me exige  à vida eu  retornar

Viver longe de teu corpo,  sentindo o cheiro  materno quando ia ao teu regaço
Fez  meu coração gritar ante a falta sufocante de teu caloroso abraço
E em minha  alma sussurro, enquanto a mente revolta, em protesto alto grita
O teu nome, mamãezinha, para acalmar a tormenta que em meu peito se agita

 Mãe...
 Suplicante em pensamentos falo,  e as lágrimas quentes pelo rosto triste rolam
Enquanto  o rosto  molhado e a alma em pedaços tua presença imploram
A vida de adulto trouxe experiências marcantes para guiar-me ao futuro 
Mas só a tua imagem, e teu nome abençoado, são  o meu porto seguro 

Espelho-me em teus atos que quando eu pequenino estudava um a um
Resolvias meus problemas, fome, frio ou mesmo dores, todos lhe eram comum.
Bastava pra resolvê-los, chorando ou mesmo sorrindo, chamar o  teu  doce nome
E com amor salutar aquecias o meu frio ou matavas minha fome.

O meu hoje é o reflexo do meu ontem ao teu lado na casinha tão singela
Que com gestos de amores e com tua vida sábia fez a minha alma tão bela
Não assombro o meu tormento usando palavras chulas, mas num pensamento some,
Ao pensar em tua imagem, tão serena e virtuosa e ao sussurrar o teu nome

 Mãe...
Falo encolhida ao leito, tremendo ante aos medos que em mim trouxe o mundo
 Sussurro com face úmida enquanto choro a tristeza enterrada  no profundo
 Falo alto, bem audível, tentando inspirar-me em algo que me deixe acalantado
 Grito rouco, o teu nome, e volto a serenidade,  por teu amor amparado 


É justa esta homenagem a todas as mães do mundo que sua prole criaram
E com cuidado exemplar, carinho e muito afeto os seus filhos sempre amaram
Neles sempre se inspiraram e  tanto lhes desejaram de forma a lhes dar carinho
Hoje é a nossa vez, de agradecer-te mãezinha, por  nos mostrar o caminho

O caminho da ternura, da doação e do zelo, do afinco e do amor
Caminho este ensinado e tanto compartilhado por Cristo, nosso Senhor
Falta-nos até palavras para aumentar tuas honras se teu  nome todas têm
Oramos então, mãezinha, para Deus abençoá-la nos tempos que ainda vem.


Leila Castanha
04/2013


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