Minha mãe querida e meiga que em muitas poesias sempre retratada és
Por adjetivos belos, tão profundos e singelos que me jogam aos teus pés
Em ato de gratidão, como servo à senhora, porquanto rainha sois
Ontem, hoje e amanhã, coração e minha alma já conquistastes os dois
Não quero falar-te agora como forma ensaiada para homenageá-la
Minha fala, mamãezinha, surge de dentro do peito que aprendeu a amá-la.
Pelos pensamentos vários que trouxe daquele tempo em que de mim tu cuidastes
Gerou em meu coração um amor tão puro e grande que jamais imaginastes
Nunca negues a verdade deste amor tão imenso que minha alma inflama
É ele, pois, mamãezinha, que no peito a saudade mantém viva esta chama
Ao lembrar-me de teu rosto, em teus gestos dedicados a cuidar do nosso lar
Me reporto todo dia, quando o dever me exige à vida eu retornar
Viver longe de teu corpo, sentindo o cheiro materno quando ia ao teu regaço
Fez meu coração gritar ante a falta sufocante de teu caloroso abraço
E em minha alma sussurro, enquanto a mente revolta, em protesto alto grita
O teu nome, mamãezinha, para acalmar a tormenta que em meu peito se agita
Mãe...
Suplicante em pensamentos falo, e as lágrimas quentes pelo rosto triste rolam
Enquanto o rosto molhado e a alma em pedaços tua presença imploram
A vida de adulto trouxe experiências marcantes para guiar-me ao futuro
Mas só a tua imagem, e teu nome abençoado, são o meu porto seguro
Espelho-me em teus atos que quando eu pequenino estudava um a um
Resolvias meus problemas, fome, frio ou mesmo dores, todos lhe eram comum.
Bastava pra resolvê-los, chorando ou mesmo sorrindo, chamar o teu doce nome
E com amor salutar aquecias o meu frio ou matavas minha fome.
O meu hoje é o reflexo do meu ontem ao teu lado na casinha tão singela
Que com gestos de amores e com tua vida sábia fez a minha alma tão bela
Não assombro o meu tormento usando palavras chulas, mas num pensamento some,
Ao pensar em tua imagem, tão serena e virtuosa e ao sussurrar o teu nome
Mãe...
Falo encolhida ao leito, tremendo ante aos medos que em mim trouxe o mundo
Sussurro com face úmida enquanto choro a tristeza enterrada no profundo
Falo alto, bem audível, tentando inspirar-me em algo que me deixe acalantado
Grito rouco, o teu nome, e volto a serenidade, por teu amor amparado
É justa esta homenagem a todas as mães do mundo que sua prole criaram
E com cuidado exemplar, carinho e muito afeto os seus filhos sempre amaram
Neles sempre se inspiraram e tanto lhes desejaram de forma a lhes dar carinho
Hoje é a nossa vez, de agradecer-te mãezinha, por nos mostrar o caminho
O caminho da ternura, da doação e do zelo, do afinco e do amor
Caminho este ensinado e tanto compartilhado por Cristo, nosso Senhor
Falta-nos até palavras para aumentar tuas honras se teu nome todas têm
Oramos então, mãezinha, para Deus abençoá-la nos tempos que ainda vem.
Leila Castanha
04/2013
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