Jamais te esquecerei, Estrela viva e bela!
Teu brilho sempre ofusca a minha pequenez!
Teu
corpo me atrai, esguio qual gazela
Teu seios a instigar-me mais vil insensatez
Porém, nunca me coube tocar tanta beleza!
Não pude vislumbrar teus lábio a sorrir-me!
Nascer com sangue azul correndo em tuas veias
Foi a cruel façanha para desiludir-me
Mas deste chão amigo eu pude aprecia-la!
Sorri vendo em teus lábios o mais sutil sorriso
Chorei ao ver teu rosto fechar-se a dor da vida
E quis em meu regaço levar-te ao paraíso
Qual noite enegrecida em dias de nevasca
O teu amante vil tua luz sempre ofuscava
Teu choro entre soluços a vir enlouquecer-me
Em mar de humilhação meu ego ele afogava
Porém, nunca ousei entrar à tua face
A mim, não me cabia dar rumo a tua vida
De fora, pra calar as dores de teu pranto
Cantei tua canção qual beijo na ferida
Porém mui fraco fui, temendo a tua glória
Ao meu amor secreto, loucura se acrescia
Pensei ao vil amante cortar-lhe a existência
Meus punhos com vigor na face atiraria
Porém pensei na sorte que a mim jamais aprouve
E assim eu retomei a minha consciência
Prendi com fortes elos a sede de justiça
Prendi com fortes elos a sede de justiça
Não pude então vingar-te a dura experiência
Não temas, oh Senhora, meus sérios desatinos
Não julgues a loucura exposta de meu peito
Guardeio meus desvarios no selo desta carta
E a morte me aguarda a beira do meu leito
Eu sei que nosso amor jamais fora possível.
Porém o coração não dobra-se à mente
Não pude confessar-te o anseio proibido
Porém me dediquei te amar secretamente
Assim, já moribundo e entregue a morte fria
Confesso não temer que chegue a minha hora
Contanto
que na morte eu possa amar-te ainda
Com
a mesma intensidade que amei-te até agora.
Leila Castanha
2013
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