sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

AMO-TE COMO ÉS


Amo-te como  és, do íntimo de minha alma

Tua presença restaura em mim a sonhada calma

Como és eu te desejo, teus trejeitos me alucinam

Qual deus grego os teus beijos me aquecem, me fascinam



Como és assim te amo, pois no coração não mando

Penso e meu raciocínio faz-se louco e não comando

Meus sentidos gritam alto, embora me finja forte,

E o coração  acelera como se a beira da morte



Tu és meu deus do Olimpo e tua vida me inspira 

No batuque de teu peito é que o meu pulmão respira

Desejei ser a senhora para a quem tu’alma clama

Mas tornei-me tua escrava, tua serva, tua ama



Quero-te aos pés de mim, qual dom Juan cortejando,

Tão fino, forte e gentil, com todo fogo me amando

Mas se teu jeito tão rude calca-me sob teus pés

Rendo-me a tua vontade e quero-te como  és.



Pois não aprouve o destino o direito a mim ceder

De amar quem me merece, de um cavalheiro ter

Sou vítima dos desejos que por ti enlouquecidos

Jogam-me, pois a teus pés, pelo amor já vencidos



Sê, pois, meu dono, carrasco, meu algoz e meu senhor

O chefe de minha vida, do meu corpo e meu amor

Quero-te com veemência, mas há uma condição:

Ser tua escrava, contudo, dona do teu coração.



Leila Castanha


15/12/2013

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