Escritas fatiadas, com excesso de recheio
Caindo pelas bordas, emperrando a fruição
Engasgos de palavras, vomitadas, misturadas,
Os pontos engolidos e cuspida a coesão
Um show de incoerência na imagem de seus códigos;
Enigmas difíceis para os olhos decifrar
Tremendos labirintos, que nas folhas se embaralham
Não deixam a mente
livre em seu texto navegar
São ondas de vacilos, incertezas e achismos
Sintomas de um mundo não pensante, que não lê
Um círculo fechado no ostracismo e na preguiça
Que rouba da linguagem a sedução e o prazer
São linhas balançando no suéter tricotado
Mal feita a bela arte aos leitores não apraz
Não há enlaçamento para os fios, desconexos,
Em meio as rupturas seu sentido se desfaz
São crias de pais faltos de suporte ou de bom senso
Crianças desprezadas, que nem sabem o que são.
Copistas, enganadas pelos aios da cultura,
Pseudo-estudantes, numa escola de ilusão
Leila Castanha
08/2015
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