A perda é o maior meio de ganhar algo na vida
Perdendo a companhia me abraça a ausência
Na perda da coragem vem
o medo a assobrar-me
Na perda da vergonha, me advém a indecência
Se perco o doce sono me fustiga a má vertigem
E o abrir de boca insano a cabeça vem girar
Se perco um bom momento se aproxima a dura culpa
Se perco a saúde, chega a morte a me rondar
Ao ir-se os belos anos resta a mim a vil velhice
Que tem habilidades em roubar, subtrair
E indo a certeza, logo a dúvida me acerca
Se perco a coragem, vem o medo me afligir
Porém nem tudo é triste quando a perda se apodera
Porquanto certas coisas não se finda no findar
Perdi tua presença quando a morte a mim roubara
Mas tenho as lembranças que ficaram em teu lugar.
Leila Castanha
08/2013
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