Casas de alvenaria sem retoque de pintura
Tijolos bem à vista poluindo a beleza
Janelas de ferrugem corroídas pela vida
Com vidros a faltar, e expondo-lhe a pobreza
Por dentro a desordem de um lar sem estrutura
As vidas acabadas como móveis desgastados
Faltando o ornamento de um lar em equilíbrio
Restando nela vidas, resquícios desprezados
São essas sobras feias, esculpidas na miséria
Que chegam na cultura escolar, sem aparência
São casas acabadas pela falta de cuidados
Tão cheias de desgastes, cobrindo-lhe a essência
Em meio a beleza da cultura escolástica
Se encurvam , pobres casas, tão abaixo do ideal!
Se abri-las, velhos móveis, deformam a parte interna
Que foram mobiliadas pelo exemplo do real
Mas, vindo um arquiteto lhes sonda as estruturas
Recuperando nela o bem que lhe restou
Os móveis velhos trocam, a pintura lhe restaura
Ao dar-lhe nova forma, nova casa se formou
A nós, dignos mestres, é o chamado do arquiteto
Sondar as velhas casas que nos chegam a ruir
Designers desta vida, inspiremos as mobílias
E casas suntuosas, dos casebres vão surgir.
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