Tempos
de outrora que a memória torna vivos
Pelas
lembranças que ao presente fá-los vir
Anos
tão belos que me traz reminiscências
Daqueles
dias que não hão de repetir
Um
quadro simples pulsa forte em minha mente
Tal
qual casinha de feitio rudimentar
Mas dentro
dela sinto forte a amizade
Humilde
gente, mas perita em se doar
Nesse
lugar tão pobre tive experiências
Que a
mais rica academia não desvela
Vi o
amor de Deus em forma de pessoas
Gente
tão nobre, joias raras na favela
Vi
luzes vivas que Deus pôs naquele antro
Cuja
carência de suportes é tão séria
Porém
foi neste lugarzinho esquecido
Que apreendi
valor maior que o da matéria
Pois
vislumbrei o viver simples, mas fecundo
Duma
vivência de união e aprendizado
Foi lá
que um dia eu escrevi a minha história
De
um dos tempos, que pra mim, os mais dourados
Com
faixas várias percorremos ruazinhas
Idealistas fomos pela causa santa
Todos
munidos com a Bíblia, qual bandeira
Pregamos
Cristo, com a fé e a garganta
E na
escola, de valor inestimável
Onde
lições tão preciosas aprendemos
Nessas
manhãs de meditar, todo domingo,
Foram
detalhes que jamais nos esquecemos
Não
sei se hoje este povo é como outrora
Porque
a vida faz mudanças no presente
Mas
não deixemos esta história no passado
E
procuremos nosso eu de antigamente.
Leila
Castanha
02/2015
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