quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

RECONFORTO


Às vezes me flagro a cantar teu canto
buscando ouvir tua voz;
E finjo ouvir o teu riso, que corta-me a alma  
qual rude algoz

 Me lembro dos passos pesados,
Que tinhas outrora no sôfrego afã
E penso na tua vivência,
 primada na crença da vida cristã

Eu leio os teus muitos poemas
e tento aprender suas ricas lições
E faço os meus versos amigo
Buscando nos teus minhas inspirações

Assisto com franco sorriso
 a família falando dos exemplos teus
Assim, a ausência acalanto,
Quando a solidão rouba os esteios meus

As fotos, amigas leais,
me embalam caladas na hora da dor
Revejo momentos sublimes
Gozando teu doce e paterno amor

Procuro o teu nome na Net
E sinto tua vida a alvorecer
No nome dos caros amigos
Que em tua vivência fizestes crescer

Não sinto a saudade doída que tanto temia
quando nos deixastes
Mas gozo da doce ausência
Embalando a certeza de que descansastes

E um dia, irei desta vida
 e então olharei dentro dos olhos teus
Irei abraçar-te apertado,
E viver ao teu lado, juntinho de Deus.

Leila Castanha

2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário