UM HOMEM QUE ANDOU NO MUNDO

 

Havia um homem que andou no mundo pregando a Palavra Santa e buscando os perdidos para Deus. Ele sentia prazer em trabalhar para o Divino Pai, por quem doou e dedicou sua vida humana. Em seu andar havia esperança; esperança de resgatar outros para o reino da luz. De  seus olhos  espargiam  amor que contagiava  a  todos quantos dele se aproximava. Seu lema durante seu percurso nesta Terra  era alcançar o maior número de almas perdidas e leva-las aos pés do Criador. Seu zelo era imenso pela obra do Senhor  de maneira que doava-se sem  lamentar-se  e cuidava da santidade do lugar sagrado primando pela oração e o ensino da Palavra,  caminhos estes de mão dupla que levava o homem ao encontro da graça divina e trazia a divina graça  ao encontro do homem.

Esse homem  sempre louvava a Deus  enquanto palmilhava  o  caminho da humanidade, ao mesmo tempo que enredava-se na senda da humildade que sempre o levava aos pés do Pai, cuja presença  dissipava-lhe os temores dirigindo-lhe os passos para o aperfeiçoamento de seu trabalho  como mensageiro  do céu.  

Sua dedicação  era palpável; seu amor era visível;  sua humildade era patente; sua lealdade perceptível;  sua constância admirável; seu zelo inspirador; sua sabedoria aprovada; sua amizade frutífera; sua paciência louvável. E, sobretudo sua humanidade era latente  .  Ele era um homem entre os homens.
 Não teve a  pretensão de receber a gloria divina porque aqui foi colocado para  ser apenas um mero mortal, para participar dos momentos diversos do viver humano. Era entendido dentre os sábios de seu meio; do  servo fez-se o menor , pois que muito sofreu pela ignorância de seus irmãos, sem pagar-lhes com a mesma moeda :sua paga foi  o amor e a doação de sua vida.
 Foi amigo e companheiro certo a todos quantos o procurava sem  jamais negar-lhes a mão amiga; de seus lábios destilavam mel proveniente da doce palavra Santa que de Deus emanava, pois  levava no coração o firme propósito  de jamais falar de si mesmo.  Ainda que não lhe honraram com títulos elevados era pastor para os desgarrados, ouvido para os solitários, mão para o enfraquecido,  ombro para o desalentado, sorriso aquecedor para os corações gélidos, olhos para guiar os que não tinham luz, braços para aconchegar o desamparado, e coração para abrigar a todos quantos buscavam um amigo.

Levou sobre si a dores de muitos; chorou lágrimas alheias; pernoitou em oração suplicante por almas perdidas; resignou-se da própria família, declarando parentesco a todos quantos obedecessem a seu Deus. Sofreu as tentações e agruras próprias da humanidade, irou-se em defesa da causa santa, foi humilhado por muitos e louvado por outros,  defendido por alguns e crucificado por muitos, morreu mas não ressuscitou ainda, mas levou consigo a esperança que pregara a muitos: de que um dia ressurgirá dos mortos como o fez seu amado Senhor e Deus da sua salvação

Talvez você tenha confundido essa narrativa do servo com a história de seu Senhor, mas isso é natural, pois em toda a sua vida terrena, o meu pai,  Pastor Laerço dos Santos, seguiu os passos do Mestre.

E você  pode dizer também:  “Sede meus imitadores como eu de Cristo?”(1CO 11:1)

Leila Castanha

19/06/2012