sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O CIÚME


Imagem extraída de https://www.acessa.com/viver/arquivo/psique/2006/11/28-ana/final_feliz.jpg



Sol de verão causticante e assolador que tira da pele suores intensos e frios;
Vontade de tirar o couro e voar livre qual alma acalorada em busca de uma brisa;
Casa pequena e de teto baixo em dia de ardente sol, que tira o ar das narinas ofegantes, e faz o pulmão bombear o oxigênio  com dificuldade.

Frio cortante que gela o ambiente e faz tremer as mandíbulas;
Panos que aquecem o frio noturno, mas deixam mal estar pelo peso das cobertas;
Chão esbranquiçado de fofa neve, que sendo belo à vista,
mostra-se duro e escorregadio para os que têm que sobreviver à sua custa.

Lugar exótico e sedutor para os de fora, que aspiram poder explorá-lo a fim de engrandecer o próprio ego.
Montanhas altas e robustas, envoltas por vales verdejantes e cercadas por belos arbustos que escondem segredos selvagens.
Águas azuis e límpidas  por onde navegaram muitos marinheiros e pescadores experientes, que, envolvidos pelas aventuras que lhes ofereciam,  não puderam de lá voltar.
Fascinante mundo de mistério e sedução chamado Ciúme cuja terra, aparentemente fértil, é coberta por ervas daninhas e têm sido o fim para muitos que, cheios de si, adentraram por suas portas e por elas voltaram vazios de alma ou da própria vida.

Leila Castanha

04/12/2013

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