Imagem extraída de https://www.acessa.com/viver/arquivo/psique/2006/11/28-ana/final_feliz.jpg |
Sol de verão causticante e
assolador que tira da pele suores intensos e frios;
Vontade de tirar o couro e
voar livre qual alma acalorada em busca de uma brisa;
Casa pequena e de teto
baixo em dia de ardente sol, que tira o ar das narinas ofegantes, e faz o
pulmão bombear o oxigênio com
dificuldade.
Frio cortante que gela o
ambiente e faz tremer as mandíbulas;
Panos que aquecem o frio
noturno, mas deixam mal estar pelo peso das cobertas;
Chão esbranquiçado de fofa
neve, que sendo belo à vista,
mostra-se duro e
escorregadio para os que têm que sobreviver à sua custa.
Lugar exótico e sedutor
para os de fora, que aspiram poder explorá-lo a fim de engrandecer o próprio
ego.
Montanhas altas e
robustas, envoltas por vales verdejantes e cercadas por belos arbustos que
escondem segredos selvagens.
Águas azuis e límpidas por onde navegaram muitos marinheiros e pescadores experientes, que, envolvidos pelas aventuras que lhes ofereciam, não puderam de lá voltar.
Fascinante mundo de
mistério e sedução chamado Ciúme cuja terra, aparentemente fértil, é coberta
por ervas daninhas e têm sido o fim para muitos que, cheios de si, adentraram por
suas portas e por elas voltaram vazios de alma ou da própria vida.
Leila Castanha
04/12/2013
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